Procrastinar é algo bastante comum. Deixamos de realizar tarefas importantes que se acumulam virando uma grande bola de neve. Quando olhamos para tudo que foi deixado nos perguntamos o porquê e sabemos que falta de tempo não foi o impeditivo.
Pior que deixar coisas a fazer é o fato da procrastinação poder se torna um hábito. Passamos a aceitá-la e considerá-la normal. É como se deixássemos de nos levar a sério e passássemos a achar razoável não cumprir com o que combinamos conosco.
Os motivos da procrastinação são emocionais e variados, mas que podem ser colocados em dois grandes grupos que falaremos a seguir.
O primeiro grupo tem dificuldade de transformar o plano em ação. Ficam presos na fase de planejamento e avaliação. Ação demanda esforço e energia, muitas vezes não disponíveis nesse grupo. Mesmo sem demandar muito esforço mental e sabendo o que deve ser feito, ainda há necessidade de colocar energia no iniciar. Um exemplo é a arrumação e faxina de casa. Começar é difícil, procrastinamos, mas depois de começar fica fácil ir até o fim.
Outro grupo de motivos para a procrastinação é que "toda transformação leva a perda". Esse grupo reluta em fazer algo por medo da "decisão ruim", da escolha errada, de perder mais do que ganhar. Algumas pessoas temem perder inclusive a compaixão dos outros casos saiam de uma situação difícil, como relacionamento tóxico, uma situação financeira complicada ou mesmo uma doença. Assim, por não saber se uma decisão será a melhor, evita-se ter que decidir.
Verdade dita, procrastinar não é a resposta ou solução e sim o adiamento. E o problema do adiar constante é que o acúmulo pode desencadear quadros de estresse, ansiedade e até mesmo depressão. Assim, procure entender e trabalhar as emoções envolvidas em cada adiamento para evitar que a procrastinação se torne um hábito. Este prejudicial nos mais diferentes níveis: o desenvolver pessoal e profissional, nos relacionamentos e nos cuidados com a saúde física e mental.
Daniel Holzhacker
Psicólogo (CRP 06/127614)
www.holzpsicologia.com.br
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