Vivemos em tempos interessantes. Os relacionamentos online, nos diferentes âmbitos da vida, se intensificaram. As atividades profissionais se apoiaram no digital para criar relacionamentos forte e duradouros. Mas a realidade se faz diferente. Descobrimos os limites e superficialidade do contato online.
Talvez tenha sido esse o grande erro do Facebook, repaginado Meta e com foco no tal de Metaverso. Há um cansaço e saturação nas relações sociais digitais. Redes sociais são planejadas para nos manter ali pelo maior tempo possível, mas ao fazer isso levam os usuários à um radicalismo de ideias, a criação de bolhas de relacionamentos à exaustão e solidão. O contato é superficial, e percebemos isso mesmo que a um nível subliminar.
Atendo tanto presencialmente quanto online, e percebo a diferença de alcance nos dois tipos de sessão de psicoterapia. Muitos que trabalham em escritórios já entenderam como o contato presencial é importante, ainda que gostem das facilidades de poder trabalhar em casa em tempo parcial. O contato online traz facilidades, mas deve ser algo limitado.
Nada substitui a presença física de outra pessoa, e isso é algo muito bom. No pós pandemia precisamos reaprender o valor de estar com outros, da convivência. As crianças precisam reaprender a brincar com colegas. Os amigos a aproveitar uma boa noite de festa. Os colegas de trabalho, o valor da troca que o trabalho presencial proporciona. Pois, só assim, romperemos os limites e a superficialidades impostos pelo online.
Daniel Holzhacker
Psicólogo (CRP 06/127614)
www.holzpsicologia.com.br
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