Apesar de frequentemente encobertos, é cada vêz mais comum vermos pessoas que chegam a um ponto de grande sofrimento devido às grandes incertezas que o futuro imediato nos apresenta.
A ansiedade, medo e pessimismo que leva à grande sofrimento, inclusive a ataques de pânico e depressão, são consequências nefastas e marcantes da atual crise econômica, política, social e espiritual pelo qual nós brasileiros estamos passando nesse começo de 2016. Muitos perderam o emprego e não mais conseguem garantir seu sustento e o de suas famílias, pelo menos nos mesmos padrões de antes.
A reação inicial é frequentemente procurar soluções rápidas que mitiguem a dor e sofrimento imediatos, como o abuso de remédios, drogas e álcool, além do acumulo de emoções como o ódio, a culpa e a raiva.
O efeito rápido de soluções químicas como calmantes e álcool é inegável, assim como é inegável que sentimentos de ódio, culpa e raiva são naturais e justificadas dado as notícias que todos os dias nos alcançam, dado ao medo e ansiedade a que estamos sujeitos devido a esse grande aumento de insegurança e dado o pessimismo que vem de não perceber nenhuma luz no fim desse túnel escuro.
No entanto, exatamente por serem razoáveis é que essas reações são tão perigosas e podem levar a uma queda na nossa saúde física, econômica, mental e espiritual para muito além dessa crise que um dia terá fim. É exatamente no momento de crise que devemos cuidar da nossa saúde, em especial da nossa saúde mental. Se cairmos agora será muito mais difícil nos levantarmos.
Sei que é difícil, mas é exatamente essa dificuldade que nos leva a procura de forças que não sabíamos que existiam dentro de nós. É exatamente nas situações difíceis que devemos procurar o crescimento e a evolução, e evitar saídas e soluções “fáceis e razoáveis”, mas que nos jogam para baixo e não nos permitem crescer.
Daniel Holzhacker
Psicólogo (crp 06/127614)
www.holzpsicologia.com.br
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