Apesar de uma maior atenção ao bem-estar mental e problemas como depressão e ansiedade, muito pouco se pensa a respeito da angústia e a resistência em se aceitar a própria mortalidade.
Infelizmente, essa recusa em se ponderar a própria mortalidade é a raiz de muito sofrimento e angústia, levando muitos a reações absurdas como se comportar e se vestir como um adolescente quando se tem 50 ou 60 anos e a outros comportamentos de risco ou autodestrutivos e uma busca neurótica incessante atrás da última pílula da juventude que permitirá afastar o fantasma da própria mortalidade.
A saída desse dilema é a aceitação da própria mortalidade, de que vamos sim envelhecer e morrer – o que não significa necessariamente que tal envelhecimento deva ser acompanhado de grande sofrimento.
É possível sim envelhecer, e morrer, bem.
Para isso é preciso não apenas uma vida fisicamente saudável, mas também uma vida emocionalmente, psiquicamente e espiritualmente saudável, o que implica na aceitação de quem se é e da própria mortalidade.
A verdadeira espiritualidade que as vezes encontramos na religião é um caminho. A meditação é outro caminho para isso. A psicoterapia é outro caminho ainda... e frequentemente os caminhos se encontram.
Daniel Holzhacker Psicólogo (CRP 06/127614) www.holzpsicologia.com.br