top of page

Amor, Ódio e Indiferença


O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. Quando assistimos a cenas de ódio, como o recente massacre em uma boate LGBT em Orlando (EUA) motivada pelo ódio de um assassino incapaz de tolerar o homossexualismo, podemos ter certeza de que o ódio como o do assassino surgiu da proibição absoluta (tabu) de sua cultura e religião de se sentir atraído por outro homem.


Lembro que segundo o pai do assassino ele havia ficado transtornado quando, há cerca de três meses, viu dois homens se beijando. A repressão e a resistência inconscientes ao desejo e amor envenenam a alma e transformam emoções e sentimentos como amor, compaixão e desejo em ódio, raiva e nojo - não são opostos, são as manifestações distorcidas e envenenadas do desejo, paixão e amor.


Que essa tragédia sirva de alerta a todos e a cada um de nós. Quando sentirmos ódio e raiva em relação a alguém devemos antes de mais nada procurar em nós mesmos o que estamos nos proibindo de sentir, pois se não estivéssemos resistindo a sentir algo, seriamos indiferentes em relação a esse alguém.


Daniel Holzhacker

Psicólogo (crp 06/127614)

www.holzpsicologia.com.br

bottom of page