
O aumento da ansiedade, e da síndrome do pânico, tem sido cada vez maior na cidade de São Paulo e em outras grandes e médias cidades brasileiras. A crise econômica e o medo do desemprego, e a insegurança em relação ao lugar de cada um de nós potencializa a ansiedade já natural de se viver em nossa sociedade.
Medicamentos ajudam especialmente nos momentos críticos e podem ser importantes no curto prazo, mas se nada for feito para lidar com os motivos que levaram ao aumento da ansiedade nem com o desenvolvimento de formas de lidar com a ansiedade (mecanismos de cooping), os remédios acabam por ser um paliativo pouco efetivo no longo prazo.
A perda de contato consigo mesmo e o abandono das próprias necessidades intrínsecas em prol das necessidades “vendidas” pela sociedade e o abandono de si mesmo, muitas vezes chegando ao ponto em que o indivíduo tem grande dificuldade em sentir o próprio corpo, é parte desse quadro.
Resgatar esse contato consigo mesmo é um caminho importante na cura da síndrome do pânico e na redução da ansiedade que viver sem contato consigo mesmo gera. É nesse momento que a psicoterapia pode ser de grande ajuda, facilitando o encontro do indivíduo consigo mesmo.
Daniel Holzhacker
Psicólogo (crp 06/127614)
www.holzpsicologia.com.br