Há alguns dias uma amiga contou que tem por objetivo estudar em uma das mais prestigiadas (e caras) universidades americanas, só que o inglês dela é de nível intermediário e ela não dispõe de nem 2% do dinheiro necessário. É conhecida a importância de se ter metas e objetivos de crescimento pessoal, mas o que não se comenta são os perigos e danos de se colocar objetivos não realistas.
Quando nos colocamos metas e objetivos que não atingimos, até porque são quase impossíveis de serem atingidos, ensinamos a nós mesmos que não adianta nem tentar e que somos incapazes de melhorar e evoluir. Por isso, estabelecer bons objetivos requer que estejamos bem fundamentados na realidade e no que é ou não possível de ser feito no tempo e recursos com que dispomos.
Um bom objetivo é como um elástico esticado. Deve oferecer tensão e estresse o suficiente para nos impulsionar e nos fazer sair do lugar, mas não criar estresse tal que “quebre o elástico”, ou seja em um estado em que nem tentamos nos desenvolver porquê nossos objetivos são praticamente impossíveis dado as nossas condições objetivas de vida.
É nessa situação lamentável que se encontram muitas das pessoas que nem tentam se melhorar. Porque elas não têm chance de serem grandes cientistas, milionários ou presidentes de grandes empresas elas nem começam um trabalho de melhoria pessoal, param de estudar, e muitas vezes nem se dão ao trabalho de ler um livro.
Um bom objetivo depende antes de mais nada da capacidade de se olhar para a realidade, sem fantasias, e em encontrar aquele ponto que motiva a mudança e ainda assim tem boas chances de serem atingidas em um período de tempo que consideramos razoável, como não mais de cinco anos. Objetivos muito grandes, ou que demandem muito tempo, devem ser divididos em passos menores, de forma que se possa mostrar a nós mesmos que somos capazes de atingir objetivos.